Lanceiros Negros L.E.M.C. é um moto clube fundado por irmãos que, inspirados por uma Unidade Militar, dedicam-se à luta pela liberdade e pelo fim da opressão, custe o que custar.
Com base nos ideais de verdadeira irmandade, invocamos o espírito revolucionário e os valores da vida castrense, honrando as tradições da cavalaria e avançando sempre, independentemente das adversidades.
Lanceiros Negros Law Enforcement Motorcycle Club composto majoritariamente por profissionais de carreira da Segurança Pública, Judiciário, Forças Armadas, Forças Auxiliares, Sistema Prisional, Instrutores de Armamento e Tiro, além de membros do Ministério Público.
“Para Frente, Para a Carga, Para a Morte!”
O Vermelho em nosso brasão representa o sangue derramado em campo de batalha, sangue esse que consagrou o solo brasileiro, berço de tantos heróis!
O vermelho também nos lembra que estamos dispostos a tudo para defender nossa liberdade, nossos irmãos e nossas cores.
O Preto homenageia os heróis que nos inspiraram, que contra todos, sofrendo inúmeros preconceitos, vítimas de mentiras e traições, prosperaram, e provaram seu valor, tornando-se ema unidade lendária, cujo nome transcendeu seus membros, e até os dias de hoje, causam reverência e admiração a todos que conhecem sua historia.
O branco ressalta a liberdade acima de todas as coisas, sem liberdade não há vida!
Dessa forma, nosso Moto Clube ressalta acima de tudo, os valores da Igualdade, Irmandade, Lealdade e Coragem, valores fundamentais para homens de caráter!
”Eu vi batalhas disputadas mas nunca e em nenhuma parte homens mais valentes nem lanceiros mais brilhantes do que os da cavalaria rio-grandense, em cujas fileiras comecei a desprezar o perigo e a combater pela causa sagrada dos povos.”
-Giuseppe Garibaldi
Respeita os Fortes, Destrói os Fracos
Ajuda quem quer viver
Não Atrapalha quem quer morrer.
INSPIRAÇÃO DE VALENTIA E LEALDADE
Lanceiros Negros são dois corpos de lanceiros constituídos, basicamente, de Negros Livres ou de libertos pela República Rio-Grandense que lutaram na Revolução Farroupilha.
Possuíam 8 companhias de 51 homens cada, totalizando 408 lanceiros que andavam com seus cavalos.
Tornou-se célebre o 1.º Corpo de Lanceiros Negros, organizado e instruído, inicialmente, pelo coronel Joaquim Pedro, antigo capitão do Exército Imperial, que participara da Guerra Peninsular e se destacara nas guerras platinas.
Ajudou, nesta tarefa, o major Joaquim Teixeira Nunes, veterano e com ação destacada na Guerra Cisplatina. Este bravo, à frente deste Corpo de Lanceiros Negros, libertos, prestaria relevantes serviços militares à República Rio-Grandense.
O 1.º Corpo de Lanceiros Negros, ao comando do tenente-coronel Joaquim Pedro Soares e subcomandado pelo então major Teixeira Nunes, teve atuação importante na Batalha do Seival, em 11 de setembro de 1836, em reforço à Brigada Liberal de Antônio de Sousa Netto que surgiu por transformação do Corpo da Guarda Nacional de Piratini integrado por 2 esquadrões com 4 companhias, recrutados em Piratini e em seus distritos Canguçu, Cerrito e Bagé até o Pirai.
As tropas para o combate de Seival foram dispostas por Joaquim Pedro, na qualidade de imediato e assessor militar de Antônio Netto.
Deixou um esquadrão em reserva que foi empregado em momento oportuno, decidindo a sorte da luta.Segundo Docca, coube a este bravo e a Manuel Lucas de Oliveira convencerem Antônio Neto da proclamação da República Rio-Grandense, bem como "a grande satisfação de ler, a 11, no campo do Menezes, à frente da garbosa tropa por ele instruída, a Proclamação da República Rio-Grandense".
Eram rústicos e disciplinados. Faziam a guerra à base de recursos locais, Comiam se houvesse alimento e dormiam em qualquer local, tendo como teto o firmamento do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. A maioria montava a cavalo quase que em pelo, a moda charrua. Vale também lembrar que os Lanceiros Negros exerciam uma função de tropa de choque no exército farroupilha, pelo simples fato de manejar com eximia destreza a lança que é uma arma essencial para este tipo de combate.
O MASSACRE DE PORONGOS
O Massacre de Porongos, ocorreu na localidade de Porongos, hoje parte do município de Pinheiro Machado. Os dias 13 e 14 de novembro marcam o dia de homenagem aos Lanceiros Negros, tropa farroupilha formada por escravos, dizimada pelo exército imperial no chamado Massacre de Porongos. A chacina pode ter sido resultado de um acordo entre um chefe dos farrapos, David Canabarro, e o comandante do exército legalista, Barão futuro Duque de Caxias.
Houve uma paz honrosa chamada Paz de Ponche Verde, com a liberdade para todos os negros e mulatos que lutaram pela República Rio Grandense, embora este tenha sido um ponto controverso. Ao final do combate o campo de Batalha dos Porongos ficou juncado com pelo menos 100 mortos farroupilhas, Lanceiros Negros. Poucos dos escravos envolvidos na luta sobreviveriam e seriam libertados.
Passados 160 anos da traição do general David Canabarro (um dos líderes farrapos) e do comandante Duque de Caxias, que vitimou entre 600 a 700 negros farroupilhas, a história muda o curso e traz à tona a relevância dos Lanceiros Negros”, disseram os promotores da homenagem, num texto publicado na internet.
Tal divulgação do fato, pouco conhecido pela população brasileira, vem questionar a figura de Canabarro, sempre apresentado como um dos heróis da Revolta pelos historiadores oficiais.
O Corpo de Lanceiros Negros, desarmado, desprotegido, foi dizimado. “Era a Surpresa de Porongos, que há décadas vem sendo discutida pelo movimento negro e agora passa a ser reescrita”, diz o texto das entidades.
Numerosos Lanceiros foram mortos. Mais de 300 farrapos, além de 35 oficiais foram presos. As entidades informam que os Lanceiros assassinados foram de 600 a 700.
O DERRADEIRO COMBATE
Em 28 de novembro de 1844, Teixeira Nunes e remanescentes de seu legendário Corpo de Lanceiros Negros travaram o último combate da Revolução em terras do Rio Grande do Sul, consta que em terras do atual município de Arroio Grande, berço do Visconde de Mauá.
A morte de Teixeira Nunes foi assim comunicada pelo então Barão de Caxias, em ofício: Posso assegurar a V. Exa. que o Coronel Teixeira Nunes foi batido no campo de combate, deixando o campo, por espaço de duas léguas, juncando de cadáveres. Eram seguramente cadáveres de Lanceiros negros.
Teixeira Nunes foi um dos maiores lanceiros de seu tempo, e como uma ironia do destino teria caído mortalmente ferido por uma lança manejada pelo braço vigoroso do alferes Manduca Rodrigues.
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